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| Praça Martim Afonso de Souza |
Chegar a Cananéia é como voltar no tempo. Um centro histórico pequeno com ruas estreitas, casarões coloridos — uma pena que nem todos estão preservados — e aquele ritmo tranquilo que faz a gente desacelerar sem nem perceber.
Fundada em 1531, Cananéia é considerada uma das cidades mais antigas do Brasil. Faz parte do Vale do Ribeira, região de natureza exuberante e rica história.
Há um tempão estávamos ensaiando para conhecer Iguape e Cananéia. Depois de muita pesquisa, decidimos ficar hospedados em Cananéia. Partimos de Ibiúna (SP) e por belas e boas estradas, chegamos a Iguape, onde passamos algumas horas e ficamos encantados com a cidade. À tarde, seguimos para Cananéia.
Hospedagem em Cananéia
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| Hospedagem em Cananéia |
Restaurantes e café que conhecemos em Cananéia
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| Pont´s Restaurante |
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| Ponto das Ostras |
Passeios que fizemos em Cananéia
Centro Histórico
É uma delícia caminhar pelo centro histórico, é como voltar no tempo e sentir a história viva em cada esquina.
| pelas ruas de Cananéia |
Um pouco da história de Cananéia:
Em 1502, chegou ao local uma expedição enviada para demarcar as novas terras. Entre os integrantes estava Cosme Fernandes, conhecido como Bacharel de Cananéia, que se tornou uma figura poderosa na região. Somente em 1531 chegou uma nova expedição, comandada por Martim Afonso de Sousa, que encontrou ali um povoado já formado. Alguns historiadores defendem que Cananéia é a cidade mais antiga do Brasil, e não São Vicente, que foi fundada em 1532.
Também curtimos observar os barcos no fim da tarde, um convite para relaxar e agradecer pelo dia.
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| Fim de tarde em Cananéia |
Visitamos:
Igreja São João Batista
A Igreja de São Joaõ Batista é a construção mais antiga da cidade, datada de 1577. Foi feita com cal e óleo de baleia — uma técnica muito usada na época. Restaurada e ampliada em 1769. Erguida com a função de proteger a cidade, possui fendas que eram usadas para vigiar e defender contra invasores.
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| Igreja São João Batista |
Museu Histórico e Artístico de Cananéia - Victor Sadowski
O casarão que abriga o museu foi construído no final do século XVIII, com paredes feitas de pedra, cal e óleo de baleia.
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| Museu Histórico e Artístico de Cananéia - Victor Sadowski |
Em 1988, o prédio estava em ruínas e foi restaurado por um projeto de Lina Bo Bardi, Marcelo Ferraz e Marcelo Suzuki, para abrigar um Centro de Convivência do Idoso da LBA.
Dois anos depois, em 1990, o espaço passou a ter uso cultural. E em 2012, foi oficializada a criação do museu com o nome de Victor Sadowski, em homenagem ao biólogo nascido na Letônia que trabalhou por muitos anos como Chefe de Base de Pesquisa de Cananéia.
O museu é pequeno, mas guarda informações sobre a história da cidade, manifestações culturais, utensílios, e até um tubarão-branco taxidermizado, capturado em 1992.
Figueira Centenária
A Figueira Centenária impressiona pelo tamanho: tem cerca de 3 metros de diâmetro e estima-se que tenha mais de 500 anos.
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| Figueira Centenária |
A história conta que, em 1531, foi construído um pilar no local e, provavelmente, um pássaro trouxe uma semente que germinou com a umidade da pedra, dando origem a uma árvores gigante.
O mais interessante é que o caule cresceu em torno do pilar, que ainda pode ser visto pelas fendas do tronco.
Passeio ao sul da Ilha Comprida
Para curtir o mar, basta pegar a balsa (R$ 12,30 nos dias da semana e R$ 18,40 aos finais de semana e feriados — pagamento somente em dinheiro). A travessia dura aproximadamente 8 minutos e já é um passeio por si só.
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| Balsa de Cananéia para Ilha Comprida |
Nossa ideia era seguir até a Vila das Pedrinhas, mas a tábua da maré não permitiu — o acesso de carro é pela praia. Conhecemos o Boqueirão do Sul, com seu mar de águas escuras e praia extensa, perfeita para caminhar, relaxar e aproveitar a natureza. É uma praia rústica, mas conta com apoio de bar e restaurante.
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| Praia Boqueirão do Sul - Ilha Comprida |
Depois seguimos para Praia da Trincheira para tentar avistar o boto-cinza, também conhecido como golfinho. O lugar é simples e rústico, ideal para contemplar a natureza — e, com sorte, ver os botos. Nós tivemos essa sorte! Fomos presenteados não só pelos botos, mas também por revoadas de lindos pássaros.
Ah, e um lembrete importante: não esqueça repelente! Há muitos borrachudos por lá — voltei com algumas "lembranças" dessas picadinhas chatas. E eu usei repelente! 😞
| Boto-cinza na Praia da Trincheira |
Vale muito a pena assistir a esse espetáculo da natureza. Foi um dia especial e com boas surpresas — o tipo de passeio que gostamos!
E ainda há muitos lugares para conhecer em Cananéia:
Há passeios de barco para Ilha do Cardoso e arredores, mas, como estávamos com o nosso Sully 🐾, não pudemos fazer. Segundo o posto de informações turísticas da cidade, há hoteizinhos onde é possível deixar os pets e assim aproveitar melhor os passeios.
Também há várias cachoeiras na região. O ideal seria ter ficado mais alguns dias para conhecer um pouco mais. Teremos que voltar!
Cananéia é um dos principais polos pesqueiros de São Paulo e do Brasil. No retorno para casa, aproveitamos para comprar alguns pescados — bom preço e atendimento muito simpático.
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| Peixaria em Cananéia |
Gostamos muito de conhecer a região — não só pela natureza e história, mas também pela receptividade dos moradores.
Estivemos em Cananéia durante a semana e em baixa temporada — exatamente do jeito que gostamos: calma, acolhedora e cheia de histórias para contar.












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