TRAVESSIA RUY BRAGA NO PARQUE NACIONAL DO ITATIAIA

Parque Nacional do Itatiaia

Esta Travessia tem aproximadamente 22 km, pode ser feita da parte alta do Parque até o Complexo Maromba  ou no sentido inverso.

Em maio de 2016 nós fomos ao Parque. Em um dia conhecemos a parte baixa e no outro a parte alta. O Parque é lindíssimo e vale muito a pena conhecê-lo. Veja  como foi a nossa visita.

Desta vez o marido seguiu com o filho e o genro para fazer a Travessia Ruy Braga em um programa de meninos aventureiros. E a aventura já começou na sexta-feira com a grande dificuldade de sair de São Paulo. Foram 4 horas só para percorrer 30 km para atravessar a cidade!


Chegaram na pousada por volta das 23h, quando o marido percebeu que tinha esquecido sua excelente bota Salomon!!! Por sorte em Itamonte o comércio abre às 7 h. Em uma loja de material de construção  achou uma boa botina que resolveu o problema. Isto é que eu chamo dar a volta por cima!

Marido com a bota improvisada (botina)

Travessia Ruy Braga

Como a Travessia iniciou na parte alta do Parque, na sexta-feira eles dormiram na ótima Pousada Ribeirão do Ouro em Itamonte-MG, que fica aproximadamente 50 minutos da portaria do Parque por uma bela estrada.

Pousada Ribeirão do Ouro

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Após um excelente café da manhã na pousada e a botina salvadora comprada, partiram para o Parque.

Chegaram na portaria por volta das 9h para garantir a reserva do Abrigo Água Branca.  A Travessia é feita em dois dias e programaram pernoitar neste abrigo.

O acesso ao Parque custou R$ 26,00 pelo final de semana para cada um, o carro ficou estacionado  na recepção do Parque sem custo e a diária do  abrigo custou R$ 30,00 por pessoa, totalizando R$ 168,00.

Para a Travessia levaram somente o saco de dormir, comida e as quinquilharias de menino. A barraca ficou no carro, foi uma garantia, caso não conseguissem ficar no abrigo.


Caminho até Abrigo Rebouças

Da portaria do Parque seguiram caminhando até o Abrigo Rebouças de onde sai o caminho que leva tanto para a Travessia, quanto para as Prateleiras. Como o dia estava excelente, decidiram ir até as Prateleiras, demoraram cerca de uma hora (ida e volta), que valeu muito a pena, e depois iniciaram a Travessia.

Prateleiras

Foram guiados pelo wikiloc e apesar da trilha estar pouco demarcada, seguiram com certa tranquilidade até o início do trecho de floresta, que apresentava muito mato alto  em vários pontos. Neste trecho de floresta é fácil perder a referência, por isso foi importante verificar o GPS com frequência.

Dificuldade da trilha
Uma característica da Travessia é que saindo do trecho de montanha com a vegetação de campos de altitude, você contempla paisagens maravilhosas. Conforme vai descendo, o cenário vai gradualmente mudando para Mata Atlântica fechada, passando por trecho de brejo, onde a botinha improvisada do marido passou no teste com louvor!!! Nos trechos de floresta, apesar de estar protegido do sol, perde-se as belas vistas e o caminho fica sem muita graça.

No caminho há outros dois abrigos que estão em ruínas, servindo apenas como referência e apoio para acampar ao seu redor.  Há apenas as paredes como proteção do vento. Não se recomenda acampar em seu interior, pois o teto sem telhas está muito instável  e provavelmente abriga morcegos.  

Paradinha nas ruínas do Abrigo Massenas para um lanche.

Abrigo Massenas


Trilha fechada pelo mato

Outro abrigo em ruínas é o Macieira, que também serve como apoio para um descanso.

Abrigo Macieiras

Eles pernoitaram no Abrigo Água Branca que é uma casa dividida em duas. Em cada lado há  um quarto, um espaço com uma pia, outro com uma mesa de escritório e duas cadeiras, e um banheiro com sanitário e chuveiro frio. 

Optaram pelo abrigo para não correrem o risco de pegar chuva na Travessia. Ficaram bem protegidos e não passaram frio. No entanto, o abrigo estava sem água, pois o cano que alimenta a casa estava entupido.

Abrigo Água Branca
Após um descanso, o André e o Paulo preparam um belo miojo! Uma comidinha quente eleva o ânimo de qualquer um!

Abrigo Água Branca

O teto do abrigo é de laje e é acessado por escadas presas na parede externa,  de lá se tem uma vista maravilhosa e inspiradora, segundo o Rê.

Dormiram super bem e o domingo amanheceu lindo demais! Nada como subir na laje para curtir o nascer do sol.

Na laje do Abrigo Água Branca para ver o nascer do sol

E o café da manhã rolou em grande estilo com cafeteira italiana. Um luxo só!

Abrigo Água Branca

Por volta das 9h, saíram do Abrigo Água  Branca em uma  descida que desafiou os joelhos tanto pelo impacto, quanto pelo agachar e levantar para superar os troncos caídos. Chegaram em Maromba às 13h, onde haviam contratado um taxista para apanhá-los e levá-los até a portaria da parte alta do Parque. Esta viagem levou 2 horas, um tanto cansativo. Este percurso custou R$ 200,00 - contato do taxista (024) 98149.9170/97401.4113.

Sem dúvida o Rê considerou que foi uma bela experiência. Exige bastante, tanto física quanto mentalmente, sobretudo pelas condições dos abrigos e pela conservação da trilha, que apresenta muitas árvores caídas e mato bem alto. O que  sobressaiu foram os momentos com o filho e genro que serão inesquecíveis e as belas paisagens ainda na parte alta do Parque.

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